WhatsApp

Dados do Trabalho


Título

CORRELAÇAO DO CANCER DE BEXIGA COM O TABAGISMO EM HOMENS NO ESTADO DE SAO PAULO: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DE 2017 A 2021

Resumo

Introdução: No ano de 2020, o câncer de bexiga atingiu o marco de 10.640 novos casos no Brasil, destes, 4.020 (37,7%) foram em São Paulo. O tabagismo é tido como um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de carcinoma urotelial, e afeta majoritariamente homens devido ao hábito de fumar ser mais frequente nessa população. Até o presente momento, não há estudos que correlacionam de forma expressiva o diagnóstico de câncer de bexiga com o sexo e a assiduidade do consumo de cigarro. Metodologia: Estudo ecológico de corte transversal, realizado mediante a coleta e análise comparativa de dados por meio do Painel-Oncologia no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A população foi constituída por homens que residem em São Paulo com diagnóstico de câncer de bexiga, diagnosticados e tratados entre os anos de 2017 a 2021 e sem restrição de faixa etária. Resultados: Verificou-se nos anos de 2017 a 2021 no Brasil um total de 22.339 casos de câncer de bexiga em homens, sem restrição de idade. Destes, 11.123 foram notificados na região Sudeste, e 6.453 no estado de São Paulo, cerca de 30% em relação ao total de casos no país. A faixa etária mais acometida foi de 55 anos ou mais, com 5.833 dos casos. Os dados referentes ao tabagismo se mantiveram relativamente estáveis no país durante o período da pesquisa, próximo de 14,2% da população adulta brasileira. Visto que estudos comprovam a intrínseca relação entre a exposição ao cigarro e o desenvolvimento de câncer de bexiga, sugere-se que esse cenário destacando homens esteja atrelado ao fato de que esse grupo faz uso de tabaco em maior quantidade e com mais frequência, quando comparado a mulheres da mesma faixa etária. Segundo dados do VIGITEL, no período do estudo, a média de homens fumantes no Brasil era de 3,3%, já a média feminina era de 1,4%, ratificando o protagonismo masculino no tocante ao hábito de fumar. Considerando o efeito do tabaco a longo prazo, percebeu-se também que o diagnóstico se concentra em homens com faixa etária acima de 55 anos. Conclusão: Dessa forma, nota-se uma forte correlação entre as variáveis expostas, uma vez que homens fumantes assíduos têm maiores chances de desenvolver câncer de bexiga, e esse diagnóstico se mostra superior no estado de São Paulo.

Palavras-chave: Câncer de bexiga; Masculino; Tabagismo.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

Anhembi Morumbi - São Paulo - Brasil

Autores

JULIA MARQUES GONGORRA CASTILHO , DAYANNE MYKAELLY DE SOUSA MARQUES, ISABELA NISHIMURA MEGIANI, LARISSA ÁDILA DESIREÉ VIEIRA DE ANDRADE DUARTE