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Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA DE TESTICULOS EM TERRITORIO BRASILEIRO: PANORAMA DE OBITOS ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19.

Resumo

Introdução: A Neoplasia Maligna de Testículos é uma doença rara, com prevalência mundial de 1 a 2% e, no Brasil, a sua incidência é de 2,2/100 mil habitantes. É comum entre homens jovens com idades entre 15 a 35 anos, apresentando altas taxas de cura com o tratamento adequado. Frente à problemática da pandemia, certos centros de tratamento sofreram mudanças em suas rotinas e estruturas, com dificuldade de manter e admitir pacientes com neoplasias, impactando diretamente no tratamento da população. Dessa maneira, o objetivo do estudo é traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por neoplasia maligna de testículos no Brasil antes e durante a pandemia da COVID-19. Metodologia científica: Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio do banco de dados do DATASUS/TABNET, no grupo dos indicadores de estatísticas vitais, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, por local de residência, com base no período de 2017 a 2022. As variáveis analisadas foram região, faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade e estado civil. Resultados: No intervalo de tempo analisado, observou-se que a taxa de óbitos por Neoplasia maligna de Testículos foi maior durante a pandemia da covid-19 do que no período que a antecede, totalizando 1.340 e 1.244 óbitos, respectivamente. Em ambos os cenários, a faixa etária de 20 a 29 anos apresentou predominância nas taxas de óbito. Além disso, houve um aumento dos óbitos nessa idade para o período da pandemia, totalizando 461, em relação ao período que a antecedeu, que apresentou 418. Em relação à cor/raça, a população branca apresentou os maiores índices de mortalidade e também demonstrou um maior número para o período pandêmico em relação ao não pandêmico, totalizando 752 e 711, respectivamente. No contexto da escolaridade, os valores de 8 a 11 anos detém os maiores índices e, os valores subiram de 480 antes da pandemia para 568 durante a pandemia. No quesito estado civil, os solteiros apresentaram maiores taxas de óbito, também com aumento durante a pandemia, que totalizam 753, enquanto o período que a antecedeu obteve 685 no total. Conclusão: Observa-se, nos números demonstrados, o papel das Neoplasias malignas de testículos no Brasil e suas repercussões na saúde pública, especialmente no período da pandemia da covid-19. Isso evidencia a necessidade de políticas públicas que visem prevenir o desenvolvimento e o agravo por essa patologia.

Área

Câncer de Testículo e Tumores Raros

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

PAULO VICTOR MOURA RODRIGUES, ROBERTA ARAÚJO FONSECA, ANA CLARA ARAÚJO DE SANTANA, GABRIELA EDUARDA PALAURO DEITOS