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Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR CANCER DE TESTICULO NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL, DE 2017 A 2022

Resumo

Introdução: O câncer de testículo (CT) é um carcinoma raro que representa 1% das neoplasias malignas mundialmente, sobretudo em países subdesenvolvidos. No Brasil as vítimas são jovens brancos em idade reprodutiva. Em 2020, o Brasil registrou 430 mortes por essa patologia.
Metodologia científica: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo sobre a mortalidade por câncer de testículo no Estado de Mato Grosso (MT), Brasil, de 2017 a 2022. A coleta dos dados foi realizada no Sistema de Informações da Secretária de Estado de Saúde de MT, a qual é de acesso público.
Resultados: De 2017 a 2022 foram registradas 43 mortes o que resultou em uma taxa de mortalidade de 0,2% óbitos para 100.000 habitantes por CT em MT. O ano de 2020 registrou a maior frequência de óbitos (28%), seguido por 2022 (23,1%), 2019 (18,6%), 2021 (14%), 2017 (9,3%) e 2018 (7%). A faixa etária mais acometida foi a de 25 a 34 anos (44,2%), seguida pelas faixas etárias 0 a 24 anos (23,2%), acima de 60 anos (14%), 35 a 44 anos (11,6%) e 45 a 54 anos (7%). A raça/cor parda foi a mais acometida (48,2%), seguida pelas raças branca (37,2%), indígena (7%) e preta (7%). A macrorregião de residência Centro-Norte apresentou 44,2% das mortes, seguido pelas macrorregiões Norte (18,3%), Centro Noroeste (11,6%), Oeste (9,3%), Sul (9,3%) e Leste (7%).
Conclusão: o presente trabalho revela que o ano de 2020 representou a maior frequência de óbitos por câncer de testículo em Mato Grosso, sendo que a sua taxa de mortalidade de 0,2% é superior à média nacional (1,8%) e do Centro-Oeste (1,5%) para o período de 2013 a 2020. A maioria das vítimas apresentavam faixa etária de 25 a 34 anos, análogo a realidade nacional. A macrorregião com maior concentração de mortes foi a Centro-Norte, pois é onde se concentra a maior concentração populacional de MT. Entretanto, um ponto que chama a atenção é com relação a raça/cor, pois em MT a maioria das vítimas eram da cor parda enquanto que na realidade nacional é a branca a cor mais vitimizada por CT. Portanto, os resultados deste trabalho podem servir de fomento para futuras pesquisas, a fim de compreender melhor as diferenças entre os resultados da mortalidade por câncer de testículo em Mato Grosso no com o perfil epidemiológico no Brasil.

Área

Câncer de Testículo e Tumores Raros

Instituições

Universidade Federal de Mato Grosso - campus Sinop - Mato Grosso - Brasil

Autores

GUSTAVO BRUNO MARTINS DE SIQUEIRA, PALOMA SOARES OLIVEIRA, RICARDO DE OLIVEIRA