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Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID19 NO CANCER DE PENIS

Resumo

A disseminação global do vírus SARS-CoV-2, classificada como pandemia em março de 2020, trouxe diversas consequências sociais, econômicas e políticas. Devido ao lockdown e as recomendações dos órgãos de saúde, muitas pessoas ficaram reclusas e se atentavam aos principais sintomas da Covid-19, evitando sair do isolamento e procurando atendimento médico somente quando os sintomas se agravassem. Dessa forma, muitas doenças foram subnotificadas quando comparadas ao período pré pandêmico ou foram descobertas tardiamente, prejudicando o tratamento. As doenças mais afetadas por esse período foram as doenças crônicas não transmissíveis e as neoplasias. Dentre as neoplasias podemos citar o câncer de pênis, que possui incidência não tão alta, mas um tratamento que pode trazer difíceis consequências físicas e mentais ao paciente. Dada a natureza multifatorial do CP, são imprescindíveis campanhas de conscientização que alertem sobre os fatores de risco e que incentivem o autoexame. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de natureza epidemiológica, realizado a partir da coleta de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), no serviço de “Tabnet”, tópico “Epidemiológicas e Morbidade", "painel da oncologia” em que foram analisados casos de neoplasias malignas de pênis em seu número absoluto, as regiões com maior incidência, a faixa etária mais comum, o estadiamento da doença e o estadiamento dos casos. foram analisados o período de 2018 a 2023. Diante dos dados apresentados foi possível constatar que a variação do número de casos de câncer de pênis, antes, durante e depois do período pandêmico foi muito pequena, em que de 2018 a 2019 houve um aumento de 29,2% dos casos, principalmente por políticas públicas de incentivo ao cuidado com a saúde do homem; de 2019 para 2020 houve uma queda de aproximadamente 0,8% dos casos; de 2020 para 2021 um aumento de 4%; de 2021 a 2022 um aumento de 1,8% e de 2022 a 2023 uma queda de 7,2% dos casos de neoplasia maligna de pênis. Apesar das consequências trazidas pela pandemia da Covid-19, acredita-se que as lesões na região do pênis chamam muito a atenção dos pacientes e, apesar do medo e do estigma atrelado à saúde masculina, muitos homens procuram atendimento médico diante das alterações.

Área

Câncer de Testículo e Tumores Raros

Instituições

UNITAU - São Paulo - Brasil

Autores

LEONARDO IAGO VEIGA, VITÓRIA PAPARELLI BINDEL , MARIA CLARA SOUZA BORGES, MARIANA CAMILA MAXIMIANO, ANA RITA DE ALMEIDA MARTINHEIRA BRAGA , BRENO BARUEL DOS SANTOS , LUCA CHRISTOPHE AUGUSTO, LUIZ CARLOS MACIEL