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Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS DA SAÚDE MASCULINA: RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Resumo

INTRODUÇÃO
O câncer de próstata, causa expressiva de morbidade entre homens brasileiros, muitas vezes negligenciada devido ao medo ou desconhecimento. Este estudo explora o perfil epidemiológico da neoplasia maligna de próstata na região sudeste do Brasil, visando compreender obstáculos e identificar avanços para contribuir ao desenvolvimento de políticas de saúde eficazes, focando no manejo clínico.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Estudo ecológico, retrospectivo e descritivo, utilizando dados obtidos do DATASUS de 2020 a 2023. Incorporou informações do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I), Autorização de Procedimento de Alta Complexidade e Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), com triangulação de dados do Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (INCA) para robustez. Critérios de inclusão abrangem a região sudeste e seus respectivos estados, faixa etária, morbidade, internações, óbitos, estadiamento e modalidade terapêutica, especificamente no público masculino.
RESULTADOS
Elevada incidência do câncer de próstata no sudeste brasilero, destacando o estado de São Paulo com expressivos números de internações (30.647 casos) e óbitos (3.138 casos). Faixa etária entre 65 a 69 anos com maior incidência (23,5%), raro em menores de 40 anos (0,2%). O estágio 2 é o mais prevalente (33,1%), com quimioterapia como a modalidade mais utilizada (52,4%). Adicionalmente, o ano de 2022 se destaca por valores superiores de diagnóstico e tratamento (30.1%), sugerindo variações temporais na incidência e abordagem clínica da neoplasia maligna da próstata no sudeste do Brasil.
CONCLUSÃO
A região sudeste do Brasil, líder em câncer de próstata devido à densidade populacional, exige adotar estratégias específicas. Diretrizes atuais desaconselham o rastreamento em homens assintomáticos de 55 a 69 anos para evitar danos sem redução significativa da mortalidade. Reforça-se a promoção de exames de rotina, toque retal e/ou PSA em indivíduos de alto risco para abordagem eficaz na saúde masculina. A quimioterapia destaca-se em casos metastáticos, visando controlar a disseminação. Contudo, na prática urológica contemporânea, a cirurgia, com ênfase na abordagem robótica, se sobressai, promovendo precisão e minimizando impactos adversos. Sugere futuras pesquisas para aprimorar as estratégias de prevenção e tratamento, considerando a dinâmica temporal da incidência.

Área

Câncer de Próstata Metastático

Instituições

Anhembi Morumbi - São Paulo - Brasil

Autores

JÚLIA MARCONDES BARBOZA