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Dados do Trabalho


Título

CRIOPRESERVAÇAO DO TECIDO TESTICULAR COMO METODO DE ONCOFERTILIDADE: O QUE E, O QUE NAO E E O QUE SERA.

Resumo

INTRODUÇÃO: O tratamento gonadotóxico para pacientes oncológicos masculinos pré-púberes pode resultar em infertilidade. Devido à imaturidade sexual, a criopreservação de esperma não é viável para este grupo. Todavia, uma possível solução seria a criopreservação de tecido testicular imaturo, método que aparenta ser promissor para a conservação da fertilidade. METODOLOGIA CIENTÍFICA: Revisão sistemática da literatura com base em levantamento bibliográfico do PuBMed, cujos critérios de inclusão foram artigos científicos publicados em inglês, no período de 2007 a 2024, com as palavras-chave: "testicular cells”, “boys" e "testicular tissue". O critério de seleção de artigos foram dados relacionados ao tema "Criopreservação" RESULTADOS: Em indivíduos saudáveis, a espermatogênese tem início com as células-tronco espermatogoniais, que passam por sucessivos processos para gerar os espermatozoides. Por outro lado, indivíduos pré-púberes que necessitam de tratamentos gonadotóxicos podem apresentar infertilidade como efeito colateral. Nesse sentido, a primeira linha de preservação da fertilidade masculina é a criopreservação de espermatozoides maduros. Entretanto, devido à ausência da produção desses gametas em pré-púberes, a criopreservação de tecido testicular é uma alternativa promissora indicada principalmente para pacientes oncológicos que estejam sob terapia de alto risco, devido à sua natureza invasiva e ainda experimental. O procedimento consiste em uma biópsia de entre 10 e 20% do tecido. Uma das preocupações em relação ao uso de espermatogônias-tronco e enxerto testicular é o risco de remissão para o paciente. Assim, pesquisas trazem diferentes métodos para remoção de células malignas contaminantes antes do transplante, como a categorização magnética e a imunofluorescência, ambas sem sucesso. Logo, a espermatogênese in vitro se tornou a solução a esse problema e também ao número limitado de espermatogônias graças ao tecido testicular pequeno em pacientes pré-púberes. Essa alternativa conseguiu a produção de descendentes saudáveis após implantação de espermátides haploides em ratos, porém a eficiência da produção foi baixa e não há dados da fertilidade dessas células, levantando receios sobre seu uso. CONCLUSÃO: Urge que mais pesquisas intervencionistas e testes em fase clínica sejam realizados para suprir lacunas de conhecimento acerca desse método aparentemente tão promissor, que já vem sendo oferecido em criobancos de centros de fertilidade mundo afora.

Área

Complicações do Tratamento Oncológico

Instituições

Centro Universitário Campo Real - Paraná - Brasil, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

PAMELLA DRIES GRUS DE PAULA, VICTORIA BEATRIZ PODOLAN SAUKA, HENRIQUE MENEGUCI DA SILVA, IGOR ANTONIO TINTI, JULIA STOETERAU MORÉ , LETÍCIA HARUMI HOSHI, MARIA LUISA MAFFIOLETTI, LEONNARDO ALTOÉ MIRANDA LEMOS