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Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE IMUNOMARCAÇAO DE PROTEINAS DA MATRIZ EXTRACELULAR NO C NCER UROTELIAL DE BEXIGA: CORRELAÇAO COM PROGNOSTICO E INVASIVIDADE

Resumo

O câncer urotelial de bexiga tem causado morbidade aos pacientes devido à sua elevada taxa de recidiva e vem aumentando sua incidência no Brasil, constituindo o décimo tumor maligno mais diagnosticado atualmente. Caracteriza-se em alto e baixo grau de acordo com a organização celular, podendo ser invasivo ao músculo ou não invasivo ao músculo. Os componentes da matriz extracelular formam uma rede complexa de proteínas relacionadas com sinalização, comunicação e migração celular, as quais estão envolvidas nos processos de invasão e metástase, de grande relevância na carcinogênese. Dentro deste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar os perfis de expressão das proteínas Decorin e Metaloproteinase 3, componentes da matriz, em amostras de pacientes portadores de tumores uroteliais invasivos e investigar possíveis correlações com parâmetros prognósticos (recidivas tumorais, grau do tumor e estadiamento patológico). Foram avaliadas amostras teciduais (n=19) de pacientes diagnosticados no Hospital do Câncer de Londrina, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina (CAAE 47092521.2.1001.5231). Foi utilizada a técnica de imunohistoquímica indireta e as análises foram realizadas por médico patologista em sistema semi quantitativo considerando: marcação ausente (0), fraca (+), intermediária (++) ou forte (+++) para o citoplasma tumoral e a matriz extracelular. As análises estatísticas foram realizadas no software IBM SPSS (version 26.0). De modo geral, foram observados perfis de imunomarcação que variaram de fracos a fortes para ambas as proteínas. A Decorin não demonstrou resultados significativos com nenhum parâmetro prognóstico analisado. No entanto, foi obtido valor significativo (p=0,045) para o perfil de imunomarcação da Metaloproteinase 3 em relação a presença de recidivas tumorais quando considerado o tecido estromal (matriz) e uma correlação significativa entre sua expressão na mariz e no citoplasma tumoral (p=0,038 e Tau=0,484). Tais resultados são preliminares mas já demonstram que ambas as proteínas se expressam de forma distinta em diferentes pacientes e que a Metaloproteinase 3 pode possuir algum envolvimento biológico na recidiva tumoral. O aumento do número amostral, bem como a comparação com amostras de tumores não invasivos, poderá fornecer informações importantes acerca do papel desses marcadores candidatos no câncer de bexiga.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

Hospital do Câncer de Londrina - Paraná - Brasil, Universidade Estadual de Londrina - Paraná - Brasil

Autores

FERNANDO TERZIOTTI, BRUNA CARDOZO RODOLFO, LAÍS CAPELASSO LUCAS PINHEIRO, AMANDA LETÍCIA FRANCELINO, JULIA AYUMI IKEDA KAWASAKI, LUIZ FELIPE SOARES, FELLIPE DANCIGER ALVES MAGALHÃES, CARLOS ALBERTO MIQUELOTO, JULIANA MARA SERPELONI, ROBERTA LOSI GUEMBAROVSKI