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Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO PARA O CANCER DE TESTICULO: UMA REVISAO NARRATIVA DA LITERATURA

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de testículo pode ser histopatologicamente diferenciado em tumores de células germinativas e não germinativas. Os tumores de células germinativas representam 95% dos cânceres de testículo, e abrangem os seminomas e não seminomas, sendo o último usualmente mais raro e agressivo. O câncer testicular é a neoplasia mais comum entre homens jovens de 15 a 35 anos e representa cerca de 5% dos tumores urológicos. Esta revisão busca entender a epidemiologia e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de tumores de células germinativas testiculares. METODOLOGIA: Foi realizada revisão de artigos científicos na base de dados PubMed. Foram cruzados com o operador booleano and os descritores ”testicular cancer”, “epidemiology” e “risk factor”. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em inglês, entre os anos de 2012 a 2024 e texto completo disponível. Como critério de exclusão considerou-se a não pertinência ao tema. Encontrou-se 26 publicações e dessas, 14 foram utilizadas. RESULTADOS: A incidência do câncer de testículo afeta principalmente homens entre 15 e 35 anos. A incidência aumentou 44% nos últimos anos, enquanto as taxas de mortalidade se mantiveram estáveis. Dentre os fatores de risco, a neoplasia de células germinativas in situ é uma condição pré-maligna , que quando não tratada progride para malignidade em 50% dos casos, em um prazo de 5 anos. A criptorquidia também é um fator de risco e a orquiopexia pode reduzir o mesmo. A história familiar e distúrbios genéticos são fatores de risco potenciais, sendo a síndrome de down associada ao aumento do risco. Menos de 2% dos homens com câncer de testículo apresentarão um câncer contralateral. Pode-se perceber incidência aumentada, limitada aos seminomas, em homens com infecção por HIV. CONCLUSÃO: O câncer de testículo possui alta taxa de cura e sobrevivência. Assim, o diagnóstico precoce é capaz de restringir ainda mais as consequências da doença na saúde e na fertilidade. O conhecimento acerca da epidemiologia e dos fatores de risco pode favorecer o diagnóstico precoce tanto de carcinomas in situ, quanto de tumores de células germinativas testiculares. Com o tratamento adequado, a taxa de sobrevivência global é em torno de 97%. Uma abordagem abrangente permite avaliar com mais precisão os riscos individuais, o que possibilita adaptar um rastreio adequado, individualizado.

Área

Câncer de Testículo e Tumores Raros

Instituições

Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil

Autores

MANUELA MELO OTTONI SANTIAGO, BEATRIZ NAYARA MORAES FARIA, SAMUEL MACHADO DA SILVA, LARISSA TENÓRIO DE OLIVEIRA FREITAS, GUSTAVO MEIRELLES RIBEIRO