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Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DE CANCER DE BEXIGA NO ESTADO DE MATO GROSSO ENTRE 2014 E 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: O carcinoma de bexiga é o tipo mais prevalente do sistema urinário e é mais comum em homens, sendo a 7ª neoplasia maligna entre eles, e a 14ª em mulheres, no Brasil. A hematúria é a sintomatologia principal, embora possam ocorrer sintomas irritativos. É identificado em pacientes com idade avançada, expondo o diagnóstico tardio e resultando em pior prognóstico. Entre outros fatores de risco, destacam-se: tabagismo, exposição a agentes cancerígenos, infecções da bexiga ou por HPV e radioterapia. Além disso, o padrão sociodemográfico de acometimento deve ser levado em consideração ao se estabelecer um plano de controle e prevenção de forma a priorizar regiões de maior incidência. Visando entender esses padrões, este artigo oferece uma visão ampliada acerca da mortalidade no estado do Mato Grosso. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo. Dados da plataforma DwWEB/SESMT. CID’S selecionados: C67. Neoplasia maligna da bexiga; D41. Neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido dos órgãos urinários (D41.4 Bexiga e D41.9 Órgão urinário, não especificado). Variáveis: ano de óbitos, sexo, faixa etária, anos de estudo, ocupação e macrorregião. A estimativa da população, por ano, foi obtida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram tabulados no Excel e expressos em frequências relativa e absoluta. RESULTADOS: A taxa de mortalidade total no período selecionado foi de 1,30 por 100.000 habitantes, sendo maior no ano de 2022 e menor em 2017. Distribuída por sexo: 1,81 a cada 100.000 habitantes do sexo masculino e 0,84, do sexo feminino, indicando a maior exposição dos homens aos fatores de risco. O número de óbitos predominou a partir dos 60 anos, correspondendo a 76,72%. A população de baixa escolaridade (1-7 anos de estudo) acumula 225 óbitos (49,77%) e dentre as ocupações analisadas, ocorreram 213 óbitos (47,12%) entre aposentados. Essa frequência se relaciona à falta de um diagnóstico precoce por limitações no acesso à saúde. Centro Norte foi a macrorregião com mais óbitos (40,48%), onde se encontra a capital, Cuiabá, com 104 óbitos (23%), essa grande disparidade entre as macrorregiões e municípios revela possivelmente a subnotificação de casos no interior e ainda, disparidades no acesso à saúde. CONCLUSÃO: A subnotificação do câncer de bexiga no estado evidencia a negligência no diagnóstico e destaca a importância de se realizar mais estudos epidemiológicos, visando a melhoria no acesso à saúde.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Mato Grosso - Brasil

Autores

GABRIELA OMENA SILVA, GUSTAVO LIMA GUILHERME, LETÍCIA RUTH VALENTE DE OLIVEIRA, MARIA FERNANDA ALMEIDA MIRANDA, GEOVANA FREITAS CAMPOS, BEATRIZ ALVES ARRAIS DE MORAIS, PEDRO STOLL BAVARESCO, TEREZA BELLINCANTA FAKHOURI, FELIPE FAKHOURI