WhatsApp

Dados do Trabalho


Título

CANCER DE PROSTATA E A PANDEMIA: DADOS DO DIAGNOSTICO E DO PRIMEIRO ANO DE TRATAMENTO EM CAMPO GRANDE-MS, COMPARANDO O PERIODO DE 2016-2018 COM 2019-2A

Resumo

INTRODUÇÃO
O câncer de próstata é o de segunda maior incidência em homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), abrangendo quase 30% dos casos de neoplasias nessa população. Quanto ao seu surgimento, é conhecido que os fatores de risco incluem apenas idade, hereditariedade e etnia, de forma que não existem medidas preventivas, tornando o rastreamento eficaz essencial. Nesse sentido, fatores que prejudiquem o rastreamento do CA de próstata, como foi o caso da pandemia do COVID-19, podem ter repercussões severas.
METODOLOGIA
O presente resumo se propõe a investigar a relação entre o contexto da pandemia da COVID-19 e os dados de diagnóstico e do primeiro ano de tratamento do CA de próstata entre 2016 até 2018, em comparação com os anos de 2019 a 2021, período caracterizado pela pandemia, e suas possíveis consequências para o prognóstico dos pacientes. Para isso, foram coletados dados do Integrador de Registro Hospitalar de Câncer (SisRHC) do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
RESULTADOS
O SisRHC foi usado com o filtro "Município: CAMPO GRANDE" (MS) e faixa etária "50-74 anos" para Câncer de Próstata [C61 PRÓSTATA]. 244 pessoas foram registradas no primeiro ano de tratamento em quatro hospitais (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN, SANTA CASA, HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL "ROSA PEDROSSIAN" e HOSPITAL DO CÂNCER "PROF. DR. ALFREDO ABRÃO"), com 64, 100 e 80 em 2016, 2017 e 2018. Em 2019, 2020 e 2021, 89, 109 e 56 indivíduos, totalizando 254. Outro filtro: "Ano 1 tratamento" para "Ano diagnóstico". Resultou em 379 pessoas diagnosticadas com CA de Próstata em 2016-2018, sendo 162, 104, 113, respectivamente. Durante a pandemia, 242 diagnósticos: 124 em 2019, 74 em 2020 e 44 em 2021. Os dados mostram interrupção dos serviços essenciais devido à COVID-19, causando diminuição nos casos e diagnósticos precoces. Isso impactou negativamente o prognóstico, aumentando a necessidade de tratamentos agressivos, comprometendo a qualidade de vida.
CONCLUSÃO
Na pandemia (2019-2021), os tratamentos subiram comparados a 2016-2018, mas em 2021, caíram 37% frente a 2019. Nos diagnósticos, houve aumento em 2019, mas estabilidade ante 2017 e 2018. Em 2020 e 2021, houve quedas de 40.4% e 64.52%, respectivamente, em relação a 2019. O atraso no rastreamento durante a quarentena pode afetar o prognóstico devido à importância da idade e do estágio do câncer de próstata.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

UEMS - Mato Grosso do Sul - Brasil, UFMT - Mato Grosso - Brasil

Autores

JULIA MINA FIRMINO CYRINO , GABRIELA CORREA CRUZ , VICTORIA CORREA CRUZ