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Dados do Trabalho


Título

INCIDENCIA DE CANCER DE PROSTATA ENTRE 2015 E 2023 NO BRASIL: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA

Resumo

O câncer de próstata corresponde à neoplasia sólida de localização primária mais prevalente no sexo masculino, representando 30% do total dos cânceres. Nos países ocidentais, estima-se que sua ocorrência se dê a partir dos 50 anos, acometendo em torno de 16 a 18% dos homens nessa faixa etária. Assim, tendo em vista a alta incidência do câncer, sua manifestação silenciosa e a alta taxa de mortalidade, justifica-se o presente projeto, que destaca, ainda, a necessidade de compreensão da hereditariedade para a gênese neoplásica e sua possível subnotificação. Diante disso, objetiva-se analisar a incidência do câncer de próstata no Brasil, entre 2015 e 2023, com enfoque comparativo, baseando-se em características sociodemográficas regionais. Para a construção da pesquisa epidemiológica, foi realizada uma análise minuciosa de dados obtidos nas plataformas de Registro de Câncer de Base Populacional e Atlas On-line de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), utilizando-se o CID10 C.61, a partir de 2015. Percebeu-se, com a análise dos dados, um aumento absoluto de incidência de câncer de próstata, indo de 10.663, em 2015, para 71.730, em 2023. Além disso, considerando o fator regional, tem-se uma incidência média bruta, para cada 100 mil habitantes, de 34,17 na região Norte, 68,18 na região Centro-Oeste, 56,90 na região Sul, 76,84 na região Sudeste e 71,94 na região Nordeste. Quando comparada a mortalidade proporcional, tem-se um destaque para as regiões Sul e Nordeste, com valores estimados em 1.79, sendo, essa, a maior taxa entre as regiões. O Centro-Oeste e Sudeste aparecem logo após, com 1.51 e, por fim, a região Norte, com 1.28. Esses dados sugerem que, embora a região Sul possua excelentes dados relacionados à saúde e políticas públicas, fatores socioculturais podem interferir no diagnóstico precoce dessa neoplasia, levando à subnotificação e maior mortalidade. A região Nordeste, por sua vez, devido à precariedade loco-regional de acesso à saúde e às baixas condições socioeconômicas, tende a negativos índices preditores de saúde-doença. Apesar do rastreio do câncer ser importante para o diagnóstico precoce e diminuição da morbimortalidade, sua realização ainda é velada por preconceitos. Isso, além de dificultar o controle e notificação dos casos suspeitos, reduz a qualidade e expectativa de vida, o que poderia ser evitado com o autocuidado e rastreio patológico precoce.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

Centro Universitário Redentor - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

RAYSSA ALMEIDA NOGUEIRA