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Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO CANCER DE BEXIGA EM PERNAMBUCO DE 2015 A 2022

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga é uma das formas mais prevalentes de câncer mundialmente, com fatores de risco estabelecidos, sendo o tabagismo o mais significativo, presente em até metade dos casos. Os sintomas típicos incluem hematúria, disúria, poliúria, dor pélvica e urgência miccional. O diagnóstico pode ser realizado por meio de tomografia, cistoscopia com biópsia e análise histológica, sendo o carcinoma de células transicionais o tipo histológico mais comum. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, descritivo e comparativo, a partir de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram usados o número de internações e óbitos, idade, sexo e raça. Resultados: Em Pernambuco foram registradas 4.811 internações, sendo 33% mulheres e 67% homens. No que se refere a idade, 62% dos pacientes tinham entre 60 e 79 anos, sendo 58% de cor parda. Analisando os dados disponibilizados, nota-se tendência de aumento das internações no período pesquisado, tendo havido 471 internações em 2015, e posteriormente 759 em 2022. É importante destacar que essa tendência pode ser influenciada por diversos fatores, como melhorias no diagnóstico, acesso a tratamentos médicos, envelhecimento da população, entre outros. Na literatura, o perfil típico mais acometido pelo câncer de bexiga são: sexo masculino, raça branca, e idade avançada. No entanto, em Pernambuco o maior acometimento é em pessoas de raça parda, que pode ser relacionado pelo estado apresentar mais pardos de acordo com dados do Censo IBGE 2010. Quanto a idade, o acometimento na faixa dos 60 aos 79 anos predomina, por uma exposição prolongada aos fatores de risco. Sucederam 356 óbitos no estado nesse período, 60% do sexo masculino e 55% de cor parda. Porém, verificando esses dados foi possível observar que não houve uma tendência de crescimento ou queda. Conclusões: A análise epidemiológica do câncer de bexiga em Pernambuco entre 2015 e 2022 revelou importantes aspectos sobre a doença na região. Ficou claro que homens de raça parda, especialmente na faixa etária entre 60 e 79 anos, são mais afetados. O aumento nas internações ao longo dos anos acendeu um alerta, apontando para a necessidade de maior atenção à prevenção e diagnóstico precoce. O tabagismo, que já é um fator bem estabelecido, mostrou novamente sua influência significativa no desenvolvimento do câncer de bexiga.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

UNICAP - Pernambuco - Brasil

Autores

VICTOR HUGO OLIVEIRA MARTINS COELHO , DIEGO JALES PORTELA, RUAN INÁCIO DA SILVA, JORDY SILVA DE CARVALHO, PEDRO VICTOR MAIA COSTA, GUILHERME CAVALCANTI DE MEDEIROS DANTAS, TIAGO HENRIQUE DA SILVA, ULISSES CARIBÉ SOARES LUSTOSA